16 janeiro, 2010

A história da industrialização brasileira

A história da industrialização brasileira


Durante o período colonial, o território brasileiro foi ocupado e organizado para empreendimentos de exploração, e não de colonização. A atividade econômica predominante era a monocultura de produtos tropicais para exportação, praticada em grandes propriedades rurais e com mão-de-obra escrava (plantation). A maior parte dos capitais obtidos nessa atividade era remetida para Portugal, que mantinha sua grande colônia com a função exclusiva de fornecer mercadorias agrícolas ou minerais.

Reminiscências Pesquisa e Produção Cultural
Na gravura, venda de escravos no Rio de Janeiro, em 1860.
A utilização de mão-de-obra escrava ampliava os lucros
que eram remetidos do Brasil a Portugal.

A passagem do capitalismo comercial para o industrial, iniciada pelo Reino Unido a partir da segunda metade do século XVIII, pouco interferiu nas economias do Brasil e de Portugal. A colônia continuou a fornecer produtos agrícolas para a metrópole, que os comercializava com outros países. Nesse período, qualquer tentativa de implantar indústrias no país, por mais rudimentares que fossem, era combatida pela Coroa para assegurar que o maior volume possível de mercadorias britânicas fosse vendido na colônia por Portugal, garantindo-lhe elevados lucros. Além dos interesses comerciais, tentava-se impedir o surgimento de uma elite econômica que reivindicasse liberdade política (independência).

Essa política de restrições à industrialização brasileira alcançou o auge em 1785, quando D. Maria I, a Louca, proibiu a implantação de qualquer atividade manufatureira ou fabril no Brasil, além de ordenar a extinção das já instaladas.

A partir de 1808, com a chegada da família real ao Brasil (que havia fugido das invasões comandadas por Napoleão Bonaparte na Europa), essa política foi revogada, mas a concorrência dos produtos britânicos ainda impedia a implantação de indústrias economicamente viáveis. Em 1810, com o Tratado de Navegação e Comércio, a entrada de manufaturados britânicos foi favorecida: cobravam-se 15% de imposto de importação, enquanto a entrada de produtos portugueses era taxada em 16%.

Ao fugir das invasões napoleônicas, D. João e a família real se transferiram para o Rio de Janeiro, seguidos por cerca de 10 000 membros da corte portuguesa. Quando chegaram, em março de 1808, a cidade contava com 50 000 habitantes, metade dos quais escravos negros.

A gravura, de Francisco Bartolozzi (1725-1815), reconstitui o embarque de D. João e da família Real para o Brasil, na manhã de 27 de novembro de 1807.



Nessa época, além da concorrência dos produtos britânicos, a vigência da escravidão foi um forte empecilho à implantação das atividades industriais. O regime escravocrata dificultava o desenvolvimento de novas técnicas de produção (era mais prático comprar escravos que investir em equipamentos) e restringia o mercado consumidor (pessoas escravizadas não recebem pagamento por seu trabalho; portanto não adquirem produtos). Além disso, a reduzida urbanização ou, em outras palavras, o predomínio de população rural, espacialmente dispersa, reduzia o tamanho do mercado de consumo de bens industrializados e não estimulava investimentos fabris.

Foi somente a partir de 1844, com a Tarifa Alves Branco, que elevou as taxas médias de importação para 44%, e a Lei Eusébio de Queirós (1850), que proibiu o tráfico de escravos, que tivemos o primeiro impulso no processo de industrialização no país, independente politicamente de Portugal desde 1822.

A proibição do tráfico negreiro incentivou a imigração livre (basicamente européia) e fez com que os capitais anteriormente utilizados na compra de escravos passassem a ser investidos em outros setores da economia, como o bancário, o de serviços urbanos e o das indústrias de bens de consumo.

Embora tenham surgido, nesse período, importantes empreendedores, como o barão de Mauá, no eixo São Paulo–Rio de Janeiro, e Delmiro Gouveia, em Pernambuco, foi somente a partir da Primeira Guerra Mundial (1914-18) que o país passou por um processo significativo de desenvolvimento e de maior diversificação industrial.



Na São Paulo dos anos 1920, uma paisagem de fábricas. A redução no ingresso de mercadorias estrangeiras proporcionada pela Primeira Guerra foi um dos fatores que impulsionaram o crescimento do parque industrial brasileiro.

Museu Histórico Nacional




As atividades terciárias da economia (como serviços, comércio, energia, transportes e sistema bancário) apontavam, como hoje, índices de crescimento econômico superiores aos das atividades agrícolas e industriais. É no comércio e nos serviços que circula toda a produção agrária e industrial. A agricultura cafeeira — principal atividade econômica nacional até então — exigia a implantação de uma eficiente rede de transportes, que escoasse a produção do interior do território para os portos, além de um sistema bancário integrado à economia mundial.

Um comentário:

  1. Sr. Pedro y su compañía de préstamos fue absolutamente genial para trabajar. fue extremadamente claro, minucioso y paciente mientras guiaba a mi esposa y a mí a través del proceso del préstamo. también fue muy puntual y trabajó arduamente para asegurarse de que todo estuviera listo antes de cerrar el préstamo. el Sr. pedro es un oficial de préstamos que trabaja con un grupo de inversionistas que nos ayudan a obtener fondos para comprar nuestra nueva casa, puede comunicarse con él si desea obtener un préstamo a una tasa baja y asequible de 2 rio envíele un correo electrónico a . pedroloanss@gmail.com o chat de whatsapp: + 1-863-231-0632

    ResponderExcluir